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Comunidade escolar protesta por demolição de reservatório de água que ameaça cair sobre local no AC


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Pais, professores, mediadores e coordenadores da Escola Municipal Padre Peregrino Carneiro de Lima, no Conjunto Tucumã I, em Rio Branco, se reuniram em protesto nesta sexta-feira (18) para cobrar celeridade na demolição do reservatório de água desativado da localidade. O reservatório ameaça cair em cima do colégio e de casas do conjunto.

O ato iniciou às 6h30 e foi até às 8h. Com cartazes alertando sobre os riscos e pedindo que a demolição ocorra o quanto antes, o grupo se concentrou na Avenida Central no bairro Tucumã.

Protesto da comunidade escolar ocorreu nesta sexta-feira (18) no bairro Tucumã — Foto: Arquivo pessoal

Protesto da comunidade escolar ocorreu nesta sexta-feira (18) no bairro Tucumã — Foto: Arquivo pessoal

“A ideia é chamar atenção da sociedade aqui e do Depasa principalmente para que a demolição aconteça. Nós queremos voltar para nossa escola, preparar o local para o retorno das aulas presenciais e estamos impedidos de acessar nossa escola. A escola está fechada desde 1º de fevereiro por recomendação do Ministério Público e estamos atendendo a parte administrativa em uma sala emprestada em outra escola e nossa escola fechada se deteriorando. O Depasa nunca se manifestou oficialmente”, disse a diretora da escola, Antônia Roneide Moreira.

Ao G1, o diretor de operações do Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa), Alan Ferraz, voltou a afirmar que a demolição do reservatório deve começar em um prazo de 15 a 30 dias. Questionado sobre o órgão não ter notificado a escola com relação ao andamento do serviço, o diretor afirmou que iria ao local ainda nesta sexta para conversar com a comunidade escolar e informar.

“Foi fechado a planilha, estamos nos trâmites e não foi passado isso para eles, mas estou indo lá para conversar com o pessoal e informar que dentro de 15 a 30 dias estaremos dando a ordem de serviço”, afirmou Ferraz.

Grupo cobra celeridade na demolição do reservatório que ameaça cair sobre escola e casas no AC — Foto: Arquivo pessoal

Grupo cobra celeridade na demolição do reservatório que ameaça cair sobre escola e casas no AC — Foto: Arquivo pessoal

O Depasa dispensou o processo de licitação e vai contratar de forma emergencial a Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb) para iniciar a demolição da estrutura.

Segundo o órgão, o processo de licitação para contratação da empresa estava em andamento, mas iria demorar muito e os responsáveis tiveram que agir rápido para evitar acidentes. No último dia 4, servidores do colégio divulgaram uma carta para denunciar que o reservatório ainda não tinha sido demolido.

Ainda conforme o Depasa, a demolição será feita com parte do reservatório, que abastece a região, em funcionamento. Segundo o diretor, abaixo da parte que será demolida fica um conjunto de motobomba, que precisa continuar em uso para distribuir água para as casas.

Laudo do MP-AC aponta que reservatório de água do Conjunto Tucumã corre risco de cair em cima de uma escola infantil — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Laudo do MP-AC aponta que reservatório de água do Conjunto Tucumã corre risco de cair em cima de uma escola infantil — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Recomendação do MP

A denúncia foi feita porque, em fevereiro, o Ministério Público do Acre (MP-AC) emitiu uma recomendação ao Depasa para iniciar a demolição do reservatório. O prazo acabou em abril e a estrutura ainda não foi demolida. Um laudo elaborado pelo órgão mostrou os graves problemas identificados na estrutura da construção.

Entre os problemas, o perito apontou que a caixa d’água tem uma inclinação de 12,5 centímetros do topo em relação à base em direção à escola.

Segundo o relatório do MP-AC, os defeitos encontrados no reservatório causaram ‘fissuras, infiltrações e carbonatação com consequentes efeitos de corrosão na armadura, desagregação do concreto e perda da capacidade de resistência’.

Além disso, três dos quatro pilares do reservatório, a laje e a fixação de braçadeira de aço já estão comprometidos por causa da corrosão. Há também problemas na instalação da rede elétrica e na escada de acesso de segurança.

G1.globo.com

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